Depois de realizar uma manobra para aprovar a convocação do ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), o presidente da Comissão, Arthur Maia (UNIÃO-BA), está extremamente irritado com o governo.
Acontece que ele não esperava que a ABIN acionaria a Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir que o testemunho de Saulo seja mantido em sigilo, destinado apenas aos parlamentares e assessores presentes. Também ficou irritado com o Ministério da Justiça, que negou, na última sexta-feira (28), o acesso de parlamentares às imagens da invasão da sede dos Três Poderes.
Até a tarde desta segunda-feira (31), a tendência era de que Maia não atendesse ao pedido da AGU; agora já se fala de um meio-termo para a oposição e governo.
Porém, o que membros da CPMI e pessoas próximas afirmam é que Maia está irritado com a situação.
A base do governo já não é muito simpática ao presidente da comissão já está atenta para as repercussões dessa irritação do deputado.