Reviravolta eleitoral: partido do premiê espanhol sofre perda de assento no exterior

Foto: EFE/ Javier Cebollada

Após a contagem de votos no exterior da eleição da última semana na Espanha, os socialistas do PSOE ficaram com um assento a menos, o que torna mais difícil a formação de uma coalizão de esquerda. Com essa mudança, o PSOE agora precisa do apoio dos grupos linha dura de separatistas catalães, enquanto antes só necessitava da abstenção deles.

Na eleição disputada do domingo, nem a coalizão de esquerda nem a de direita conseguiram obter assentos suficientes para formar uma maioria. Com 171 assentos para cada bloco, a decisão sobre o próximo premiê está nas mãos dos partidos separatistas catalães Esquerra Republicana de Catalunya (ERC) e Junts, que juntos possuem sete assentos.

Acredita-se que o Esquerra apoie o primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez, mas com a nova contagem de assentos, o PSOE precisa do apoio do Junts, o partido mais linha-dura entre os catalães.

A contagem de votos de 233 mil espanhóis vivendo no exterior deu um assento em Madrid ao PP que havia sido inicialmente concedido aos Socialistas, conforme declarado pelas autoridades eleitorais.

Para formar um governo, uma maioria absoluta de 176 votos é necessária em uma votação parlamentar no Congresso, que possui 350 assentos. Caso nenhum bloco consiga garantir esse total, há uma segunda votação no parlamento, que ocorre dois dias depois, na qual o lado com mais votos vence por maioria simples. Ambos os blocos estão agora explorando suas opções, enquanto o Congresso se prepara para se reunir em 17 de agosto.

Clarice Candido:
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