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Lessa escondia carro usado para matar Marielle perto de delegacia suspeita de favorecer milícia

O ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o assassino da vereadora Marielle Franco, costumava estacionar o carro, usado no crime, próximo à delegacia chefiada por Adriana Belém, que foi presa em 2022 por ter R$ 1,8 milhão em espécie dentro de casa. Durante a sua delação premiada, o ex-PM Élcio Queiroz citou onde o Cobalt […]

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Cobalt prata usado no crime. (Reprodução)

O ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o assassino da vereadora Marielle Franco, costumava estacionar o carro, usado no crime, próximo à delegacia chefiada por Adriana Belém, que foi presa em 2022 por ter R$ 1,8 milhão em espécie dentro de casa.

Durante a sua delação premiada, o ex-PM Élcio Queiroz citou onde o Cobalt prata ficava estacionado. Queiroz confessou ter dirigido o carro, enquanto Lessa efetuava os disparos no automóvel da vereadora, assim matando Marielle e o seu motorista Anderson Gomes.

De acordo com o documento, Lessa guardava o carro na Praia dos Amores, na região do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, a dois quilômetros da 16ª Delegacia de Polícia Civil, que era comandada por Belém na época. A área é conhecida por ser controlada por grupos de contraventores.

“Relata [Élcio Queiroz] que viu o veículo pela primeira vez em 2017, quando se dirigia ao ‘quebra-mar’, viu Maxwell Simões, vulgo Suel, no banco do motorista, conversando com Ronnie Lessa, em pé do lado de fora, na Avenida do Pepê. Então, foi ao encontro deste que comentou que aquele carro estava sendo usado em um ‘trabalho’, dando a entender que se tratava de algo ilícito, mas sem especificar o quê”, afirmou o delator.

Ano passado, a delegada foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por favorecer a milícia e o jogo do bicho no estado. Lessa e Maxwell Simões (Suel) também fizeram parte da denúncia.

“A casa ilegal de jogos gerida por Ronnie Lessa, situada na Avenida do Pepê, n.º 52, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, local conhecido como ‘Quebra-Mar’, também integrava o conglomerado de domínio da organização criminosa liderada por Rogério de Andrade, sendo este o ponto de convergência entre todos os envolvidos.”

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Lívia Mendes

Estudante de Jornalismo na UFF.

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