Por meio do Twitter, o senador Renan Calheiros, representante do MDB-AL e relator da CPI da Covid, manifestou sua reação diante da revelação de que Jair Bolsonaro, do PL, negligenciou e ocultou relatórios elaborados pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Esses relatórios alertavam para os possíveis desdobramentos que a pandemia de Covid-19 poderia ter no Brasil.
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Além disso, o legislador ressaltou que essa revelação fortalece as acusações de crimes atribuídos a Bolsonaro pela CPI. Ele também fez críticas ao procurador-geral da República, Augusto Aras, por não tomar medidas efetivas contra o então presidente na época em que a comissão parlamentar de inquérito foi encerrada.
O senador também expressou críticas à possibilidade de o presidente Lula reconduzir Augusto Aras para mais um mandato à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR). Embora existam rumores sobre a avaliação de Lula em relação ao nome do atual PGR, é mais provável que Aras deixe o cargo ao término de seu mandato.
Segundo o Brasil 247, o procurador-geral da República, Augusto Aras, ordenou na manhã deste sábado (29) que a Abin e o GSI encaminhem, de forma imediata, ao Ministério Público e ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, os relatórios confidenciais elaborados por essas instituições durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19 em 2020 e 2021 (período em que Jair Bolsonaro era presidente).
De acordo com os relatórios publicados pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (28), obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), foi revelado que Bolsonaro, seus assessores no Palácio do Planalto e o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, consistentemente ignoraram os alertas e advertências da Abin e do GSI em relação à necessidade de implementar políticas de distanciamento social, uso de equipamentos de proteção, como máscaras, e outras medidas para conter a propagação do vírus.
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