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NASA e Brasil estudam ampliar monitoramento conjunto do desmatamento na Amazônia

(Xinhua) – A Agência Espacial norte-americana (NASA) quer ampliar a parceria com o Brasil no monitoramento do desmatamento da floresta amazônica e em ações de preservação, informaram fontes oficiais na segunda-feira. O administrador da NASA, Bill Nelson, se reuniu em Brasília com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar da cooperação […]

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RICARDO STUCKERT

(Xinhua) – A Agência Espacial norte-americana (NASA) quer ampliar a parceria com o Brasil no monitoramento do desmatamento da floresta amazônica e em ações de preservação, informaram fontes oficiais na segunda-feira.

O administrador da NASA, Bill Nelson, se reuniu em Brasília com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar da cooperação aeroespacial entre os dois países.

A embaixadora dos Estado Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, que acompanhou a reunião, disse que Lula deve falar brevemente com o presidente Joe Biden sobre os assuntos discutidos no encontro desta segunda-feira.

“Nossos satélites já enviam muitas imagens e informações aos cientistas aqui no Brasil para localizar a destruição da floresta e nós lançaremos, futuramente, três novos satélites que aumentarão muito a capacidade de identificar e prevenir o desmatamento”, declarou Bill Nelson à imprensa, depois da reunião.

O administrador da Nasa lembrou que, há 37 anos, fez um sobrevoo no espaço e conseguiu observar a destruição da floresta e a sedimentação na foz do Rio Amazonas, resultado do desmatamento.

Em outro exemplo de possível parceria, Nelson explicou que a agência espacial tem instrumentos que podem ajudar a aumentar a produtividade no campo, que identificam a umidade do terreno e do ar e detectam pragas.

Nesta terça-feira, Nelson visita as instalações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da fabricante de aviões Embraer, no estado de São Paulo. A visita do americano ao Brasil será seguida de reuniões de acompanhamento entre os cientistas dos dois países.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Luciana Santos, explicou que qualquer tipo de parceria no monitoramento das florestas depende do aval das autoridades científicas que acompanham a política aeroespacial brasileira, que podem apontar a real necessidade de utilização desses equipamentos e sistemas e a viabilidade do cruzamento de informações.

Segundo a ministra, em breve, deve entrar em operação um novo radar sintético que possibilitará a captação de imagens através das nuvens e que o INPE “continua firme e forte fazendo o dever de casa” na qualificação de informações para combater o desmatamento na Amazônia.

Luciana Santos destacou que a cooperação do Brasil com os Estados Unidos na área espacial acontece desde a década de 1980. Uma das mais relevantes ocorre atualmente no Programa Artemis, que tem como objetivo explorar o potencial da Lua e pretende levar astronautas ao satélite natural no próximo ano. Fim

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