A Polícia Federal (PF) emitiu uma notificação, na semana passada, ao ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, solicitando que ele faça a restituição do salário recebido como delegado durante o período em que esteve sob custódia, devido à suspeita de envolvimento nos atentados ocorridos em 8 de janeiro.
Bela Megale, colunista do jornal “O Globo”, divulgou a informação.
A defesa de Torres afirmou que planeja apelar da decisão. Segundo Eumar Novacki, advogado, o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) é que é proibida a suspensão ou cobrança da remuneração recebida pelo servidor público durante o período de prisão preventiva.
Em 14 de janeiro, Torres foi preso e sua libertação ocorreu aproximadamente quatro meses depois, em 11 de maio. Após o término do governo de Jair Bolsonaro, ele assumiu o cargo de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Contudo, durante o dia em que ocorreu a invasão das sedes dos Três Poderes, Torres estava de férias nos Estados Unidos.
A Polícia Federal exige o pagamento de aproximadamente R$ 87 mil por parte de Torres, valor referente aos pagamentos indevidos que ele teria recebido durante o período de prisão. O despacho estabeleceu um prazo de 15 dias para que Torres apresente sua defesa e 30 dias para efetuar o pagamento.
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