Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS e Associação Brasileira de Estudos do Trabalho defendem trajetória e expertise do economista
Duas importantes entidades ligadas ao meio acadêmico manifestaram seu apoio ao economista Marcio Pochmann, indicado pelo governo para assumir a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em substituição ao interino Cimar Azeredo.
Em nota oficial, a direção da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FCE/UFRGS), onde Pochmann se formou em 1984, destacou o amplo reconhecimento de sua trajetória acadêmica e profissional. Diante dos debates públicos que questionam a capacidade técnica e idoneidade do economista para funções públicas, a faculdade enfatizou a pluralidade de tradições teóricas, metodológicas, epistemológicas e ontológicas presentes na área da Economia. Para a FCE, essa diversidade é uma virtude e não um obstáculo, e consideram Pochmann um profissional competente, digno de respeito pelos serviços prestados à academia e à gestão pública.
Por sua vez, a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (Abet) também se pronunciou em nota, destacando que foram disseminadas informações desabonadoras da expertise do professor Márcio Pochmann. A associação rejeitou a ideia de que a atuação de Pochmann no IBGE seja tendenciosa, afirmando que tal afirmação carece de base técnica e evidências empíricas. Além disso, a Abet defendeu a Unicamp, instituição onde Pochmann é pesquisador, reconhecendo a excelência da produção acadêmica dessa universidade.
De acordo com a associação, a atuação ética do economista na instituição é evidente, e a estratégia de desqualificação de sua conduta não contribui para um debate público esclarecido e apenas confunde a sociedade sobre as reais disputas em torno das nomeações para cargos de direção em instituições.
Com esses apoios vindo de entidades acadêmicas respeitadas, a indicação de Marcio Pochmann para a presidência do IBGE ganha respaldo, e as discussões em torno de sua competência técnica e sua idoneidade prometem continuar sendo objeto de atenção no cenário político.