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Acusado de corrupção passiva, Aécio Neves é absolvido em segunda instância

A absolvição do deputado federal Aécio Neves, acusado por participar de esquema de corrupção, foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que abarca os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A decisão foi feita nesta quinta-feira (27), por unanimidade. “Eu sei o que eu e minha família passamos durante esse […]

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Foto: Evaristo Sá/AFP

A absolvição do deputado federal Aécio Neves, acusado por participar de esquema de corrupção, foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que abarca os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A decisão foi feita nesta quinta-feira (27), por unanimidade.

“Eu sei o que eu e minha família passamos durante esse período, os ataques eles vinham de todos os lados, não havia nem como se defender, não havia espaço pra verdade. E hoje depois de uma investigação profunda o que dizem por unanimidade os juízes: que eu na verdade fui vítima de uma grande armadilha, armadilha feita por aqueles que, repito, tinham um projeto político e deveriam zelar pelo cumprimento da justiça”, declarou Aécio Neves.

Em junho deste ano, o julgamento na 11ª turma do TRF-3 foi iniciado e, nesta quinta, retomado a pedido do desembargador Fausto de Sanctis.

O objeto de análise era um recurso do Ministério Público Federal contra uma decisão da Justiça Federal em São Paulo, que absolveu em março do ano passado o deputado federal Aécio Neves, do PSDB, sua irmã, Andrea Neves, seu primo, Frederico Pacheco de Medeiros, e o ex-assessor parlamentar, Mendherson Souza Lima.

Na primeira sessão do julgamento, o relator do processo, o desembargador José Lunardelli, já havia votado para manter a absolvição. Nesta quinta, os desembargadores Fausto de Sanctis e Nino Toldo adotaram a mesma posição. Assim, a absolvição dos quatro réus foi mantida em primeira e segunda instância.

A Procuradoria-Geral da República, em 2017, acusou Aécio e Andrea de receberem R$ 2 milhões em propina do grupo J&F, baseado em uma delação de Joesley Batista. O então parlamentar sempre negou todas as acusações, argumentando que não havia provas para acusá-lo.

Com decisão do ano passado e a confirmação dela nesta quinta, o juiz Ali Mazloum concluiu que o dinheiro investigado era, na verdade, uma transação dentro da lei. Segundo ele, Joesley Batista afirmou cogitar comprar um apartamento da família de Aécio e ofereceu os R$ 2 milhões como um adiantamento, para que Aécio e a irmã pagassem as despesas com advogados.

Mazloum considerou a denúncia do MP improcedente e comprovou a inexistência de crimes cometidos por Aécio Neves e os outros três réus.

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