Já é fato que dois ministros do governo Lula darão espaço para nomes do centrão em agosto. Também já é fato que um dos ministros será do partido do presidente, o PT.
Por isso, a aposta mais provável é que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, hoje comandado por Wellington Dias (PT-PI), seja alvo de mudança. Além das críticas da própria base sobre a eficiência na divulgação da pasta, a conjuntura também não lhe favorece.
Sobre a sua saída, uma fonte do governo, envolvida com a articulação política do Palácio do Planalto, afirmou: “Eu acho que ele tem contra ele o fato de ser senador, um mandato nobre, que ele já ocupou antes e estar numa pasta que foi literalmente pedida pelo centrão.”
Hoje o PT conta com 10 ministros no governo, e destes, cinco estão blindados nas movimentações: Fernando Haddad (PT-SP), Camilo Santana (PT-CE), Rui Costa (PT-BA), Alexandre Padilha (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS) estão completamente blindados.
Um dos planos analisados pelo Planalto é que o governo mova o Bolsa Família para outra pasta, para que o seu carro-chefe não fique nas mãos do centrão, já que hoje ele está na pasta de Wellington. No entanto, a preocupação é de que esse movimento cause um mal-estar.