O economista Marcio Pochmann ocupará o cargo de presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mas ainda não há data de posse definida. O anúncio foi feito pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, nesta quarta-feira (26).
A mudança, segundo o ministro, não gerou “nenhum ruído”. Pimenta afirmou que colocar o economista como presidente do instituto não teve nenhum veto do governo. No entanto, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, não foi avisada sobre o assunto.
Antes do anúncio, a ministra disse estar aberta à ideia de testar o desempenho de Pochmann na liderança do IBGE, caso fosse a vontade de Lula. Após conversas entre o presidente da República e Pimenta, foi definido que o economista filiado ao PT iria ocupar o cargo.
Apesar de não conhecer o economista, Tebet afirmou que seleciona bem suas batalhas e que a indicação dele nem sequer entra na sua lista de preocupações.
Pochmann foi presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) por cinco anos, entre 2007 e 2012. Após a eleição de Lula, ele também participou da transição do governo neste ano, já foi presidente da Fundação Perseu Abramo e do Instituto Lula.
Desde o início de janeiro, o IBGE está, temporariamente, sob comando de Cimar Azeredo. Ele já atuava como diretor de pesquisas no instituto e havia expectativas para que permanecesse no cargo por escolha de Tebet, o que não aconteceu.
Alexandre Neres
27/07/2023 - 13h08
Foi vexatório o ataque orquestrado contra Marcio Pochmann, cujo epicentro era o Grupo Globo, partindo sobretudo da indefectível Malu Gaspar e de Míriam Leitão, com fontes anônimas para variar.
A turma da bufunfa não permite que qualquer cargo, mesmo que não tão relevante, seja ocupado por um heterodoxo. Todos têm de ser dos ortodoxos neo, sem exceção.
Marcio Pochmann pode ter cometido alguns erros, afinal de contas quem não está sujeito a isso?, mas a forma com que foi demonizado mostrou que o espírito lavajatista subsiste bravamente na imprensa dita profissional.
Espero que a Ministra Simone Tebet não tenha se misturado aos porcos neste episódio lamentável.