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Caso Marielle: Ex-bombeiro movimentou R$ 5,3 milhões em empresa na Barra

Na última segunda-feira, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa foi detido sob suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. De acordo com informações da Polícia Federal (PF), uma análise baseada nos registros do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou que Maxwell movimentou valores incompatíveis com seu […]

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Na última segunda-feira, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa foi detido sob suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. De acordo com informações da Polícia Federal (PF), uma análise baseada nos registros do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou que Maxwell movimentou valores incompatíveis com seu salário.

Conforme o relatório do Coaf, entre 2019 e 2021, cerca de R$ 6,4 milhões passaram por suas contas bancárias, levantando suspeitas. Mesmo ganhando um salário mensal de R$ 10 mil como bombeiro, entre março de 2019 e outubro de 2021, ele realizou pagamentos no total de R$ 567 mil, enquanto recebeu R$ 569 mil em sua conta pessoal, totalizando uma movimentação de R$ 1,1 milhão. Essa discrepância chamou a atenção da PF, que considera o valor incompatível com seus rendimentos.

Além disso, durante o ano de 2021, Maxwell tornou-se sócio de uma empresa chamada Rohden Imports, cuja atividade comercial é a venda de veículos, localizada na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Nesses três meses de sociedade, a empresa movimentou incríveis R$ 5,3 milhões. A PF suspeita que a empresa tenha sido criada com o propósito de lavagem de dinheiro.

Outra descoberta do relatório foi a relação financeira entre Maxwell e indivíduos com histórico criminal, envolvendo estelionato, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, bem como conexões com grupos paramilitares. O ex-bombeiro recebeu quantias consideráveis de pessoas ligadas a esses crimes, como Fábio Marques Nobre de Almeida, condenado por participação em grupos paramilitares, e Carla Oliveira de Melo, envolvida com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Além disso, Maxwell recebeu R$ 16 mil da empresa Motors 13, cujo proprietário, Fábio Dutra de Souza, foi preso pela PF por participação na importação ilegal de veículos de luxo.

O padrão de vida de Maxwell também chamou a atenção dos investigadores, uma vez que ele possui pelo menos quatro veículos, incluindo uma BMW X6, avaliada em R$ 170 mil, que estava registrada em nome de uma de suas empresas. Ele também possui uma casa em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste.

A PF segue investigando as movimentações financeiras e as conexões de Maxwell, à medida que procuram esclarecer seu suposto envolvimento no caso Marielle e a origem dos recursos movimentados em sua empresa na Barra. A prisão do ex-bombeiro e as revelações financeiras têm trazido novos elementos à complexa investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

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Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

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