Em comunicado, a agência de classificação de risco Fitch, elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB. A última atualização foi em 2018, quando durante o governo de Michel Temer, o país teve sua classificação rebaixada para BB-. De acordo com a Fitch, o cenário atual brasileiro está menos suscetível ao risco no curto prazo, mas ainda há incertezas com relação as condições financeiras e econômicas adversas que o país pode enfrentar.
A nota de crédito BB ainda permanece em um grau especulativo, o que ainda deixa o Brasil sem o selo de bom pagador. Contudo, a agência aponta que o Brasil teve progresso em importantes reformas para atenuar os desafios econômicos e fiscais. A Fitch ainda reconhece que o governo Lula conseguiu garantir governabilidade para encaminhar sua agenda política e econômica. Confira trechos da avaliação da Fitch
“A atualização do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais. A posição fiscal está se deteriorando em 2023 após uma melhora anterior, mas a Fitch espera que novas regras fiscais e medidas tributárias ancorem uma consolidação gradual. A Fitch ainda projeta que a dívida/PIB aumente, mas em um ritmo mais lento e a partir de um ponto de partida muito melhor do que o previsto anteriormente.”
A agência Fitch também atualizou a projeção de crescimento do país de 0,7% para 2,3% em 2023. A agência diz que, apesar de uma alta da taxa básica de juros durante a pandemia e a manutenção da mesma por um longo período, o país demonstrou uma recuperação saudável e um mercado de trabalho em ascensão.
Leia também: Haddad diz ver progresso na economia do país