(Xinhua) – Wang Yi, diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China, se reuniu nesta segunda-feira com Celso Luiz Nunes Amorim, assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil.
A China e o Brasil, os maiores países em desenvolvimento dos hemisférios oriental e ocidental, compartilham interesses estratégicos comuns, apontou Wang.
A China está disposta a trabalhar com o Brasil para aprofundar a confiança mútua estratégica, expandir a cooperação estratégica e fortalecer o alinhamento entre a Iniciativa do Cinturão e Rota e as estratégias de desenvolvimento do Brasil, como a reindustrialização e o programa de aceleração do crescimento, afirmou Wang.
A China também está pronta para trabalhar com o Brasil para melhor explorar os interesses comuns e criar motores de crescimento, tornando sua relação um modelo de solidariedade e cooperação entre os mercados emergentes e países em desenvolvimento, a fim de promover conjuntamente o desenvolvimento e progresso humanos e se esforçar para construir uma comunidade humana com um futuro compartilhado, observou Wang.
O mecanismo do BRICS se tornou a plataforma mais representativa para a cooperação Sul-Sul e está enfrentando uma oportunidade histórica para o desenvolvimento, notou.
BRICS é acrônimo para cinco economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A China está disposta a reforçar a comunicação e a coordenação com o Brasil, promover conjuntamente a cooperação do BRICS para refletir a nova realidade e responder às vozes de todas as partes, acompanhar os tempos, fazer novos progressos, salvaguardar melhor os interesses comuns dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento e promover a multipolarização e a democracia nas relações internacionais, garantiu Wang.
Por sua vez, Amorim disse que a China é um importante parceiro estratégico do Brasil e a cooperação integral entre os dois países tem produzido resultados frutíferos.
O Brasil está disposto a trabalhar com a China para implementar o consenso dos líderes dos dois países, manter uma estreita comunicação e coordenação estratégica, aprofundar a cooperação pragmática em aviação, automóveis, tecnologia avançada, economia verde, mudanças climáticas e outros campos, e criar efeitos multiplicadores, afirmou.
O Brasil está disposto a fortalecer a cooperação com a China em estruturas multilaterais como o BRICS, defender conjuntamente o multilateralismo e salvaguardar a paz mundial, acrescentou Amorim.
As duas partes também trocaram pontos de vista sobre questões internacionais de preocupação comum.