O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve uma discussão com o CEO da Braskem, Roberto Bischoff, sobre a retomada do Reiq (Regime Especial da Indústria Química) na tarde desta segunda-feira (24).
Haddad afirmou que os secretários Rogério Ceron (Tesouro) e Dario Durigan (Executivo) conduzirão as negociações com o objetivo de agilizar uma resposta favorável ao setor petroquímico.
Apesar de mencionar a possível retomada do programa de incentivo fiscal para o setor, o ministro não definiu um prazo para a sua regulamentação.
Ao ser questionado sobre a venda do controle da Braskem pela Novonor (antiga Odebrecht), o ministro negou que esse assunto tenha sido discutido durante a reunião. Mais cedo, Roberto Bischoff também afirmou que não tratou sobre a negociação da empresa durante a reunião com Haddad.
“Conversamos com o ministro sobre a competitividade da indústria petroquímica, foi só isso. Estamos em um momento de baixa do ciclo da indústria e nós discutindo esse assunto. A Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) está discutindo e a Braskem, como um todo, tem um pilar básico com a cadeia”
A venda do controle da Braskem pela Novonor tem chamado a atenção de grandes companhias nacionais e estrangeiras, bem como do governo. Até o momento, três grupos já formalizaram propostas para adquirir ações da gigante petroquímica: Unipar, J&F e Apollo/Adnoc. Além desses, a Petrobras também pode apresentar uma proposta para entrar na disputa de aquisição.
O governo do presidente Lula tem apoiado e incentivado a transação que possibilitaria a recuperação da Novonor e viabilizaria o retorno da Petrobras ao setor petroquímico, uma aspiração tanto do governo quanto do PT. No mercado, há um consenso de que a decisão final sobre a venda será influenciada e possivelmente determinada por Lula.
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