De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (25), o mercado financeiro revisou para baixo a previsão da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,95% para 4,9% neste ano. Para 2024, a inflação ficou em 3,9%.
Apesar da redução, a estimativa do relatório para este ano está acima do teto da inflação que deve ser seguida pelo Banco Central. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (limite superior de 4,75%).
Em junho, o Brasil registrou deflação, indicando uma queda nos preços em comparação com maio. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou negativo em 0,08%, conforme apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o quarto mês consecutivo em que a inflação perdeu força, já que em maio o IPCA havia sido de 0,23%.
O Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como principal ferramenta para alcançar a meta de inflação. Atualmente, o Comitê de Política Monetária (Copom) definiu a Selic em 13,75% ao ano. Essa taxa está em vigor desde agosto do ano passado e representa o maior patamar desde janeiro de 2017, quando também estava nesse mesmo nível.
Segundo as projeções do mercado financeiro, a expectativa é que a taxa básica de juros, a Selic, encerre o ano em 12% ao ano. Para o final de 2024, a estimativa é de que a taxa caia para 9,5% ao ano. Além disso, as previsões indicam que a Selic pode ficar em 9% ao ano no fim de 2025 e em 8,63% ao ano no fim de 2026.