O dólar comercial teve um aumento de 0,36% no dia de hoje, encerrando o pregão cotado a R$ 4,75. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou a sessão com 122.007,77 pontos, apresentando uma valorização de 0,55%. Essa marca representa o maior valor do índice desde 11 de agosto de 2021, quando chegou a atingir 122.056,34 pontos. Ao longo do ano, a Bolsa acumula um crescimento de 11,18%.
No cenário cambial, o dólar acumula uma queda de 10,04% frente ao real em 2023, tornando-se a maior desvalorização para esse período desde 2016, quando o dólar sofreu uma baixa de 15,86%, conforme apontado pela plataforma TradeMap.
Os dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerados uma prévia da inflação oficial, foram divulgados e mostraram uma deflação de 0,07% em julho pelo IBGE. Esse é o primeiro índice negativo em 10 meses, sendo a última vez registrada em setembro de 2022, quando houve uma queda de 0,37%. Esses números reforçam a expectativa de que a taxa básica de juros, a Selic, sofra uma redução na primeira semana de agosto.
O cenário de juros em 13,75% é visto como um suporte para o real, tornando a moeda mais atraente para estratégias de “carry trade”, que buscam obter lucros com diferenças de custos de empréstimo entre diferentes economias. Contudo, mesmo com esse contexto favorável, a alta recente das commodities faz com que o “carry trade” ainda seja muito estimulante, e isso pode levar o real a testar níveis mais baixos e enfrentar uma tendência de queda a curto prazo, mesmo com o Banco Central iniciando uma interrupção da Selic, conforme afirmou Márcio Riauba, gerente da mesa de operações da StoneX.
No âmbito externo, hoje inicia-se a reunião de dois dias do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos. A expectativa é de que amanhã seja anunciado um aumento nas taxas de juros.