A partir do próximo mês, o lançamento da “Caravana dos Direitos Humanos” marcou um momento significativo na relação entre o ministro Silvio Almeida e o presidente Lula. Anteriormente, Almeida enfrentava críticas internas, com colegas da Esplanada questionando a eficácia do Ministério dos Direitos Humanos em lidar com denúncias de maus tratos no sistema carcerário, embora a questão fosse mais ampla e demandasse a ação de outros ministérios.
Nos últimos dias, a postura de Lula em relação ao ministro mudou. O presidente o convidou para a posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), no domingo. Durante o evento, Lula elogiou Almeida e compartilhou histórias pessoais, como a de seu pai, que foi ex-goleiro do Corinthians Barbosinha. Durante um almoço, observadores próximos notaram uma sintonia entre o presidente e o ministro.
Embora em algum momento no passado, Lula tenha feito críticas discretas à atuação de Almeida, expressando o desejo de ver mais ações junto à população carcerária, a relação entre eles agora parece ter se aproximado novamente. No entanto, havia especulações no Palácio do Planalto sobre a possibilidade de realocar a pasta dos Direitos Humanos para abrir espaço para o centrão, mas essa ideia perdeu força com a reaproximação entre Lula e o ministro, especialmente considerando a importância simbólica e a competência reconhecida de Silvio Almeida, que é professor e advogado, e um dos quadros mais preparados e representativos do governo Lula.
A partir de agosto, a “Caravana dos Direitos Humanos” se concentrará em auxiliar estados e atores locais a enfrentar violações de direitos humanos, como tortura, más condições prisionais, altos índices de violência letal e prisões ilegais.