Élcio de Queiroz, ex-policial militar preso desde 2019, confessou seu envolvimento no homicídio da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, segundo relato compartilhado por Dino. A participação de Ronnie Lessa, ex-policial reformado e amigo de Queiroz, também foi evidenciada por ele. Ambos ainda aguardam a marcação de uma sessão pelo Tribunal do Júri.
A declaração de Queiroz veio como parte de uma delação premiada feita à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Queiroz admitiu ter conduzido o Cobalt prata usado no atentado, e declarou que foi Lessa quem disparou a submetralhadora que vitimou Marielle.
José Brito, em sua conta do Twitter (@josebrito_), compartilhou uma conversa com o advogado de Queiroz, Henrique Telles: “Nosso escritório foi surpreendido com a delação premiada de Queiroz. Não fomos informados ou consultados antecipadamente. Sempre sustentamos a ‘negativa de autoria'”, relatou Telles.
Outro ponto que surgiu na delação de Queiroz é o envolvimento de Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que teria vigiado a vereadora e participado da emboscada. No entanto, foi substituído por Queiroz no último minuto.
Suel, que foi condenado em 2021 a quatro anos de prisão por obstruir a investigação, mas estava em regime aberto, foi preso novamente nesta segunda-feira. Segundo o Ministério Público, ele era proprietário do carro usado para esconder as armas em um apartamento de Ronnie Lessa. Além disso, Suel é acusado de ter ajudado a descartar as armas no mar.
Sua prisão aconteceu na Operação Élpis, a primeira fase da investigação dos homicídios de março de 2018. O ex-bombeiro foi detido em sua casa, na Zona Oeste do Rio, e encaminhado à sede da Polícia Federal. O mesmo veículo foi apreendido no local da detenção.
Assista abaixo a coletiva de Flavio Dino, ministro da Justiça, sobre o caso.