De acordo com Guilherme Mello, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, em uma entrevista à revista Veja divulgada neste sábado (22), “as pessoas voltaram a fazer churrasco com picanha”. O economista afirmou que existem vários relatos a esse respeito.
“Temos que recuperar a renda e a capacidade de acessar crédito para que as famílias voltem a consumir. Isso já está ocorrendo. As pessoas voltaram a fazer churrasco com picanha. Os relatos são muitos”, disse Mello.
O secretário abordou as medidas governamentais para apoiar as famílias de baixa renda e, mais recentemente, a classe média, mencionando iniciativas como o lançamento do programa Desenrola, que visa a renegociação de dívidas, a redução de impostos sobre carros populares, o Plano Safra e a reforma tributária.
Mello refutou a ideia de que os programas são direcionados a uma faixa específica de renda. Ele destacou que a principal prioridade do presidente Lula é atender aqueles que mais necessitam, porém, com a preocupação de promover a prosperidade de toda a sociedade. Segundo ele, o retorno da popularidade do churrasco de picanha “beneficia o conjunto da sociedade”.
“Não dá para segregar, a sociedade é um conjunto. E ela tem que ser pensada nesse conjunto, mas sempre pensando naqueles que mais precisam”, disse. “Mesmo quando você olha políticas que, via de regra, são pensadas para classes mais baixas, elas também têm impacto na classe média”.
Como exemplo, o economista mencionou os impactos previstos com a expansão do crédito por meio do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
“Isso atinge diretamente a classe média, mas também indiretamente porque as pequenas e médias empresas são as que mais contratam. É muito importante pensar nos impactos de forma mais ampla, para você conseguir gerar os efeitos multiplicadores de renda e emprego.”