O radialista Maxcione Pitangui de Abreu, do Espírito Santo, suspeito de ser um dos organizadores e incentivadores de atentados golpistas, fez pedido de asilo no Paraguai no início deste mês e foi autorizado a permanecer provisoriamente no país. Ele está foragido desde dezembro do ano passado, quando teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O anúncio da concessão do asilo foi feito nas redes sociais do radialista. Segundo ele, o pedido foi reconhecido pelo Conare (Comissão Nacional para Apátridas e Refugiados), do Paraguai. A informação foi confirmada pela Polícia Federal do Espírito Santo. Em 15 de dezembro, Max Pitangui e outros três bolsonaristas foram alvos de uma ação da PF por organizarem e incentivarem atos antidemocráticos.
Também foram emitidos mandados de prisão contra o vereador de Vitória Armandinho Fontoura, que pertencia ao Podemos na época, o jornalista Jackson Rangel e o pastor Fabiano Oliveira. Segundo a investigação, Max Pitangui utilizou as redes sociais para fazer campanha contra o processo eleitoral e em apoio a um golpe militar. Ele também fez ataques ao Ministério Público do Espírito Santo, órgão responsável por solicitar a prisão ao Supremo Tribunal Federal.
O documento que autoriza que o radialista permaneça no Paraguai tem validade de 90 dias, tempo em que o Conare, órgão do país responsável por receber pedidos de refúgio, analisará a solicitação. Neste tempo, Max poderá exercer atividade remunerada e ter acesso a direitos básicos, como saúde.