Segundo a coluna de Bela Megale, do GLOBO, a Polícia Federal (PF) avança no processo que pode resultar na expulsão do delegado Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. A coluna teve acesso ao procedimento administrativo disciplinar (PAD) iniciado pela PF.
A apuração interna, que foi instaurada no dia 28 do mês passado, investiga duas possíveis “transgressões disciplinares” cometidas por Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal: desídia, caracterizada por negligência e falta de atenção e cuidado, e omissão em evitar a destruição do patrimônio.
No documento, a Corregedoria-Geral da PF solicita a abertura de um processo administrativo disciplinar para apurar a responsabilidade funcional de Anderson Gustavo Torres, delegado da PF, classe especial, matrícula 10.711. As possíveis falhas investigadas seriam a desídia e omissão em evitar a destruição do patrimônio do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal, ocorrida em 8 de janeiro de 2023, situação que resultou em um escândalo e prejudicou a função policial.
Apesar de estar em liberdade, o ex-ministro usa tornozeleira eletrônica e poderá acompanhar pessoalmente os trâmites do procedimento. Anteriormente, Torres chegou a ficar quatro meses preso por ordem do Supremo, devido a supostas omissões relacionadas à invasão dos prédios dos Três Poderes, quando ocupava o cargo de secretário de Segurança do DF.