Nesta sexta-feira (21), a Polícia Federal (PF) solicitou que um dos suspeitos de agressões e ofensas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, entregasse o vídeo completo gravado por ele no aeroporto internacional de Roma no último sábado. Os investigadores suspeitam que as imagens cedidas pelo corretor de imóveis Alex Zanatta foram editadas ou cortadas devido à sua curta duração. A defesa nega qualquer manipulação da gravação.
O advogado dos suspeitos alegou que o vídeo entregue à corporação está completo e que não houve edições. Os três envolvidos são investigados pela delegacia de Piracicaba, em São Paulo.
“O vídeo foi fornecido na sua íntegra. Conforme esclarecido em seu depoimento, Alex Zanatta disse que deu início às filmagens quando o ministro Alexandre de Moraes chegou, vindo de dentro da sala VIP, e passou a fotografá-los. Estivesse Alex filmando antes, o mesmo apareceria com o celular mas mãos nas fotografias tiradas pelo Ministro Alexandre de Moraes. Essa é uma prova incontroversa de que a gravação foi ofertada na sua plenitude, sem cortes e edições, reitere-se”, disse, em nota, o advogado do suspeito.
Em uma denúncia apresentada à Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes relatou que estava na área de embarque do aeroporto por volta das 19h quando foi abordado por Andreia Munarão, que teria começado a proferir insultos contra ele. Ainda segundo o magistrado, logo em seguida, Roberto Mantovani Filho também se aproximou e começou a gritar. Ele chegou perto do filho de Moraes, Alexandre Barci de Moraes, o empurrou e lhe deu um tapa nos óculos.
Os três envolvidos negam qualquer agressão contra o ministro.