Para Márico Macêdo, acolher os partidos do centro é natural e faz parte da democracia.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), afirmou que a articulação da gestão Lula frente aos partidos do Centrão é natural. A declaração foi feita em entrevista a CartaCapital, nesta sexta-feira (21).
“No presidencialismo de coalizão, ou você sai das urnas com um total de deputados suficientes para governar, ou tem de abrir espaço [na Esplanada]. Isso faz parte da democracia, do processo de governabilidade”, disse Macêdo.
O ministro tece comentários em meio a tentativa do governo em acolher partidos com o PP, Republicanos e União Brasil para consolidar uma maior base de apoio no Congresso e, assim, o presidente Lula gerir o país com maior governabilidade. Os partidos em questão estão reivindicando pastas na Esplanada dos Ministérios do petista.
“É natural, acho importante [acolher] os partidos que querem vir a integrar o governo”, continuou. “Isso significa que o governo está bem, está entregando os compromissos que assumiu na campanha, então [as siglas] serão bem-vindas pra ajudar a governar, ajudar a administrar”.
Segundo Macêdo, o interesse das siglas em cargos na terceira gestão de Lula no Palácio do Planalto significa que o governo percorre “o caminho certo”.
Neste semana, os assuntos sobre a integração de políticos do Centrão nas pastas do governo tem rondado os aliados de Lula. Os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP) foram recebidos pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e são cotados a cargos em ministérios.
A reforma ministerial, no entanto, só está prevista para a próxima semana, quando o líder petista retornar de compromissos em São Paulo, e o fim do recesso legislativo se aproximar.
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