A Petrobras apresentou um novo pedido para explorar petróleo na Foz do Amazonas quase dois meses atrás. O Ibama, por sua vez, pretende analisá-lo “sem pressa” e com rigor técnico para evitar possíveis riscos ambientais. O órgão enfrenta a falta de recursos humanos para lidar com a alta demanda de processos que recebe.
Em 25 de maio, a Petrobras fez uma solicitação ao Ibama para reavaliar a licença ambiental necessária para explorar a bacia da Foz do Amazonas. O primeiro pedido da empresa foi negado pelo órgão ambiental em 17 de maio.
Além das justificativas técnicas, que já foram publicamente expressas pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, a falta de pessoal é um desafio significativo. Atualmente, o Ibama conta com aproximadamente 2.800 servidores, dos quais 470 estão em idade de se aposentar. Ao mesmo tempo, existem cerca de 3.200 processos de licenciamento ambiental e 2.200 de registro de agrotóxicos pendentes de análise.
Recentemente, o órgão não foi contemplado com novas vagas nos concursos públicos anunciados pela ministra Esther Dweck (Gestão) na terça-feira (18). No entanto, a pasta autorizou a nomeação de 257 aprovados em concursos anteriores.