União Europeia propõe fundo de US$ 22 bilhões para fornecer armas a Ucrânia

A União Europeia (UE) está elaborando planos para criar um fundo de 20 bilhões de euros (US$ 22 bilhões) destinado a fornecer armas, munições e ajuda militar à Ucrânia durante quatro anos, enquanto o país enfrenta a invasão russa. A proposta foi delineada por Josep Borrell, chefe de política externa do bloco, durante uma reunião com ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas.

Segundo Borrell, a UE transformaria o apoio já existente em um compromisso de longo prazo com a segurança e resiliência da Ucrânia. A proposta inclui a criação de uma seção dedicada ao mecanismo de paz europeu, que disponibilizaria até cinco bilhões de euros por ano ao longo dos próximos quatro anos para as necessidades de defesa da Ucrânia.

O anúncio da proposta ocorre após um esforço internacional para oferecer garantias de segurança de longo prazo à Ucrânia, com membros do grupo G7 se reunindo à margem da cúpula da OTAN na Lituânia e enfatizando que haveria um pacote mais amplo de apoio militar para a Ucrânia.

Na cúpula da OTAN, os líderes afirmaram que o futuro da Ucrânia está na aliança militar, mas não ofereceram um cronograma específico para o processo de adesão, o que desapontou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, que esperava um convite imediato.

A proposta do fundo será debatida mais detalhadamente em uma reunião em 31 de agosto, em Toledo, na Espanha, com a aprovação política final esperada apenas nas cúpulas da UE em outubro ou dezembro. Alguns estados membros, como a Hungria, podem se opor à ideia.

O European Peace Facility (EPF), criado em 2021, é o fundo destinado a financiar ações de prevenção de conflitos, construção da paz e reforço da segurança internacional. Inicialmente no valor de US$ 6,3 bilhões, o fundo cresceu para US$ 13,4 bilhões. A Hungria, no entanto, está retendo o desembolso de US$ 556 milhões em fundos do EPF para ajuda à Ucrânia, exigindo a remoção do banco húngaro OTP de uma lista negra ucraniana. O ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, afirmou que a posição será mantida em relação à nova proposta de fundo.

A criação do fundo busca fortalecer a segurança da Ucrânia em meio à invasão russa e oferecer apoio ao país para enfrentar os desafios militares em curso.

Ruann Lima: Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF
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