Lula e o discurso antiarmamentista

Ricardo Stuckert

Nesta sexta-feira, 21, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS) para assinar os primeiros nove atos, que incluem o combate à violência nas escolas, controle de armas, proteção da região amazônica, das fronteiras, envio de recursos aos estados, valorização dos profissionais da segurança pública.

“Esse ato é o cumprimento de uma peça de campanha em que a gente dizia que um dos compromissos era tentar trazer o país de volta à normalidade. Trazer o país de volta à normalidade é fazer as coisas funcionarem como tem que funcionar”, destacou o presidente.

Na sequência, o chefe de estado fez um discurso antiarmamentista e contra as medidas de flexibilização do governo de Jair Bolsonaro.

“Uma coisa é um cidadão ter uma arma em casa, porque tem gente que acha que ter uma arma em casa é uma segurança; que tenha. Mas a gente não pode permitir que haja arsenais nas mãos de pessoas. Eu disse ao companheiro Flávio Dino que eu era contra e sou contra”, esclareceu Lula.

“E a gente não tem nenhuma informação de que essas armas estão sendo vendidas a pessoas decentes, honestas, que querem só se proteger. A gente não sabe se é o crime organizado que está tendo acesso facilitado a elas. É por isso que a gente vai continuar lutando por um país desarmado. Quem tem que estar bem armado é a polícia brasileira, são as Forças Armadas. O que precisamos baixar é o preço dos livros, o acesso às coisas culturais, que as nossas crianças não têm acesso”, prosseguiu.

Por fim, Lula falou sobre os dados do relatório anual de segurança que registrou casos recordes de estupros em 2022. Lula avalia que “alguma coisa está errada na nossa estrutura familiar, na nossa formação”, já que a maior parte dos casos de violência contra a mulher acontecem dentro de casa.

“Muitas vezes não depende de lei. As leis de proteção às mulheres existem, mas a violência contra a mulher cresce todo santo dia. E o que é mais grave é que a violência cresce não na casa de um vizinho, é dentro de casa que muitas vezes acontece a violência”, lembrou o presidente.

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