Procuradoria da República no Distrito Federal solicita o arquivamento de denúncia contra Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, apresentada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Nesta quinta-feira (20), a Procuradoria manifestou-se a favor do arquivamento da ação contra Cid, argumentando que ele não cometeu nenhum crime durante seu depoimento perante a comissão. Os parlamentares da CPMI acusaram o ex-ajudante de “abuso do direito ao silêncio” após ele se recusar a responder perguntas que não o incriminariam, inclusive sua idade.
O procurador responsável pelo caso, Caio Vaez Dias, analisou a situação e concluiu que não houve crime por parte de Mauro Cid, recomendando o arquivamento do processo. Agora, caberá à 10ª Vara Federal a decisão final sobre o assunto.
Vale lembrar que antes do depoimento, uma liminar concedida pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), assegurou a Mauro Cid o direito de permanecer em silêncio diante de perguntas que poderiam incriminá-lo.
O depoimento de Cid foi solicitado após a Polícia Federal (PF) apreender mensagens em seu celular, durante uma investigação sobre possíveis fraudes nos cartões de vacinação de Bolsonaro. No entanto, o relatório de investigação da PF não indicou evidências de atividades criminosas por parte de Mauro Cid, destacando que as mensagens não respaldam qualquer ação golpista.