A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça a reforma ministerial para garantir o apoio do Centrão para, segundo ela, evitar novos “solavancos” em votações de interesse do governo.
“O PT tem a compreensão do que significa ter uma composição política. Não gostaríamos de perder espaço no governo, porém, se isso for necessário e importante para a governabilidade, o PT não faltará ao presidente”, disse Gleisi à coluna de Bela Megale, no O Globo.
Ela também revelou disposição do PT para disputar a vaga que poderá ser aberta caso o ex-juiz parcial e atual senador, Sergio Moro (UB-PR), tenha seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná.
“Estou à disposição para fazer a disputa, mas a gente tem que ver o que acontecerá, não podemos antecipar. O processo está no Tribunal Regional Eleitoral e cabe recurso para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Não sei se o TSE vai marcar uma nova eleição. Se for como no caso da (senadora cassada) Selma Arruda, essa probabilidade é grande”, disse.
A jornalista perguntou a petista se Lula deveria blindar da reforma as 11 pastas comandadas por mulheres. Ela respondeu que é necessário o simbolismo do protagonismo feminino no governo, mas pondeoru que é preciso assegurar uma base firme no Congresso.
“Precisamos ter base no Congresso. Gostaria que a gente tivesse eleito metade e mais um dos parlamentares, o que não aconteceu. Temos uns 130, 140, no máximo. O governo não pode viver de solavanco, a cada projeto ter que ficar ali, negociando” explica.
“Pode não ser uma base permanente para aprovar um Projeto de Emenda Constitucional (PEC), mas para aprovar projetos importantes. Isso necessita negociação. A composição que a gente teve no primeiro momento não deu conta de garantir o apoio necessário. Esse é um aspecto matemático da política. Agora, o presidente sabe que tem o aspecto simbólico e sempre primou por isso”.
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