Durante o lançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Cozinha Solidária, o presidente Lula criticou os gastos dos países com conflitos bélicos e propôs que as nações europeias considerem substituir as dívidas dos países mais carentes por um compromisso de incrementar os investimentos em iniciativas voltadas ao enfrentamento da fome.
“O mundo gastou, desde 2022 até agora, US$ 2,2 trilhões em armas de guerra. Imagina se a gente pegasse US$ 2,2 trilhões e investisse em alimentação? A gente acabaria com a fome dos 735 milhões que estão passando fome”, defendeu Lula.
“Todos os países depositam seus recursos em países europeus e não recebem nada de juros. Imagina se os países europeus não cobrassem dívidas dos países pobres, mas exigissem que eles gastassem esse dinheiro em alimentação?”
O presidente deixou claro que o PAA demandará recursos adicionais, porém, ele aconselhou os ministros Wellington Dias e Paulo Teixeira a não solicitarem um aumento de verba à ministra do Planejamento, Simone Tebet.
“Se estamos gastamos R$ 250 bilhões vai ser pouco, porque eu acho que vai precisar de mais. Eu disse para os meninos: ‘não peçam mais agora pra Simone, deixa as coisas acontecerem que a gente vai choramingando ali, ali, e termina saindo um pouco mais’”
A lei aprovada pelo presidente Lula estabelece que, sempre que viável, pelo menos 30% das compras públicas de alimentos devem ser direcionadas à agricultura familiar. No contexto específico do Programa Cozinha Solidária, uma sugestão apresentada pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), o texto determina que 30% do valor destinado à aquisição de alimentos seja reservado aos pequenos produtores.
“Não sei se vocês perceberam que tem uma novidade que é a Cozinha Popular. Ela entrou e terá que ser transformada em política pública, essa é uma boa novidade. É preciso lembrar que a cozinha popular ganhou força durante a Covid”