A controvérsia em torno do deputado Yury do Paredão (PL-CE) culminou em sua expulsão do Partido Liberal (PL) após exibir um gesto de apoio ao ex-presidente Lula durante um compromisso com os ministros Paulo Pimenta e Waldez Góes. A foto, que mostrava Yury fazendo o símbolo “L” em referência a Lula, gerou intensa discussão interna e resultou na decisão anunciada pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, na última quinta-feira.
Após a confirmação de sua expulsão, o parlamentar expressou gratidão a Costa Neto pela oportunidade dada na eleição de 2022 e enfatizou que continuará fazendo política com diálogo, respeito, e sem radicalismos, defendendo a importância da tolerância em suas ações políticas. Agora, Yury terá a possibilidade de se filiar a outro partido sem o risco de perder seu mandato por infidelidade partidária.
Dentro do PL, havia divergências sobre a abordagem a ser adotada em relação a Yury do Paredão. Enquanto alguns defendiam que o deputado fosse mantido em uma espécie de “geladeira”, mantendo-o ligado à legenda, outros apoiavam sua expulsão, argumentando que Costa Neto estaria fazendo o que o parlamentar desejaria ao tomar tal decisão.
Paralelamente à crise com o partido, Yury utilizou suas redes sociais para elogiar programas do governo federal, destacando o projeto Desenrola Brasil de Lula como uma iniciativa importante para a economia do país. Esse posicionamento reforça a divergência ideológica dentro do PL, que se coloca como oposição ao atual governo.
A expulsão de Yury do Paredão adiciona um novo capítulo ao cenário político das eleições no Rio de Janeiro e em Niterói, podendo influenciar dinâmicas políticas e reflexões sobre as posições dos partidos em relação ao governo e à oposição. O deputado, agora livre para buscar novas filiações, pode ter impacto em futuras disputas eleitorais, enquanto o PL reavalia suas estratégias em meio às movimentações políticas no país.