De acordo com O GLOBO, o governo do Palácio do Planalto já calculou o nível de apoio que pretende consolidar na Câmara dos Deputados, após oficializar a entrada no governo do Partido Progressista (PP) e do Partido Republicano (Republicanos), ambos pilares do Centrão, um grupo político que tem dado suporte a Jair Bolsonaro.
De acordo com as estimativas do Planalto, a próxima reorganização ministerial deverá garantir o suporte de 60 votos provenientes desses dois partidos – 30 votos de cada um deles.
Os deputados federais André Fufuca (PP-AM) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) são os principais cotados para assumirem cargos ministeriais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após retornar a Brasília de sua viagem a Bruxelas, tem a intenção de finalizar a nova composição do primeiro escalão até o mês de agosto.
Os membros da articulação política concordam que haverá uma reorganização nos cargos ministeriais para acomodar os nomes das duas legendas (PP e Republicanos). No entanto, o presidente Lula está determinado a evitar a saída das ministras mulheres do governo durante esse processo.
De acordo com as projeções do governo, além das mudanças já mencionadas, outras medidas e atendimentos a pleitos políticos adicionais poderão resultar em um aumento de 80 votos, somando um total de 140 parlamentares do centro na base da Câmara.
Essa ampliação do apoio se dará através da distribuição de cargos para o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, e também por meio da expansão do respaldo do partido União Brasil, com a nomeação de Celso Sabino para o Ministério do Turismo.
Segundo a planilha do Planalto, há um grupo de 30 dissidentes do PL, principalmente do Nordeste, que já têm apoiado o governo em questões econômicas, como a urgência das medidas fiscais.
Os membros do Centrão têm estimativas ainda mais otimistas. No PP, os parlamentares acreditam que podem contar com o apoio de aproximadamente 35 a 40 deputados, dos 49 que compõem a legenda. Quanto ao Republicanos, os apoiadores do governo dentro da legenda preveem que o suporte pode variar entre 30 e 35 dos 41 deputados.