Segundo o blog de Bela Megale, o presidente Lula (PT) deixou claro aos seus assessores que não pretende reduzir o número de ministras mulheres durante as negociações para acomodar o centrão na Esplanada dos Ministérios.
Até o momento, o petista negou a saída de Ana Moser do Ministério do Esporte, disputado pelo Republicanos, e de Nísia Trindade da pasta da Saúde, que é o interesse do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e seus aliados.
Esses vetos, porém, vão além, já que Lula expressou sua resistência em abrir mão das 11 ministras mulheres que compõem as 37 pastas do governo federal. Os membros do Palácio do Planalto que estão negociando com o centrão estão tentando criar um jogo político para acomodar a entrada do Republicanos e do PP, mantendo o número de ministras. Uma das opções recentemente discutidas é a inclusão do Ministério dos Direitos Humanos no remanejamento.
Segundo informações, membros do governo acreditam que o chefe da pasta, Silvio de Almeida, possa ser realocado para uma organização internacional de prestígio, abrindo espaço para a transferência de uma ministra já presente na Esplanada.
Outra mudança que está sendo considerada é a substituição da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, que tem sido alvo de várias críticas por não atender às demandas e dialogar com a classe política. No entanto, o foco é que a substituta também seja uma mulher, para manter a representatividade feminina no alto escalão do governo.
As conversas ganharão força a partir de quinta-feira, quando Lula retornará ao Brasil. O objetivo do governo é realizar as mudanças até agosto, para começar o segundo semestre com menos dificuldades nas votações no Congresso Nacional.