A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve uma derrota em sua ação contra a Globo e os jornalistas Andréia Sadi, Octavio Guedes, Marcelo Lins e Daniel Rocha. O processo foi motivado por uma entrevista do delegado da Polícia Federal (PF), Alexandre Saraiva, que aproveitou para a acusar de apoiar atividades ilegais na Amazônia. O delegado ainda se referiu à deputada como “bandida” e “marginal”.
A sentença foi proferida pelo 2º Juizado Especial Cível de Brasília, e a decisão ocorreu após a polêmica entrevista, que foi ao ar ao vivo no programa Estúdio i, da GloboNews, em 14 de junho do ano passado. Na situação, o programa abordava a morte do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo, ocorridas em maio de 2022. Cabe destacar que a decisão pode ser objeto de recurso.
“Temos uma bancada do crime, na minha opinião, uma bancada de marginais. Para mim, são bandidos, até pela forma como se comportaram quando eu fui convidado para ir a uma audiência”, disse o delegado. Dias antes da entrevista acontecer, Saraiva mencionou sua visita ao Congresso, na qual apresentou uma queixa-crime contra o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Durante essa visita, Carla Zambelli defendeu publicamente Salles.
“Eu, que fui a tantas audiências criminais, com advogados e criminosos sentados à minha frente, nunca fui tão desrespeitado pelos criminosos presos, como naquele dia lá na Câmara. Ela [Zambelli] foi defender o madeireiro junto com o Ricardo Salles”, declarou.
A deputada abriu a ação contra o Saraiva e os jornalistas poucos dias após a polêmica entrevista. Zambelli buscava uma indenização de R$ 100 mil por danos morais. Para isso, argumentava que os jornalistas presentes no programa a defenderam das acusações feitas pelo delegado.
Porém, o juiz Manuel Eduardo Barros negou o pedido de indenização, alegando que a liberdade de imprensa deve ser respeitada. De acordo com o magistrado, repórteres e apresentadores têm apenas a função de fazer perguntas, e não podem ser responsabilizados pelo que os entrevistados dizem. Ele considerou desonesto imputar-lhes a culpa por algo que não está sob seu controle.
Em primeira instância, a Justiça não irá responsabilizar Saraiva pelas suas declarações na GloboNews. O juiz explicou que ele apenas proferiu críticas sobre o comportamento de Carla durante uma audiência pública. Além disso, em sua sentença, o magistrado fez uma crítica à própria deputada, apontando que ela frequentemente se envolve em situações constrangedoras.
“A mera utilização de expressões tais quais as utilizadas pelo réu não são suficientes para afrontar a honra e integridade moral de quem ocupa um cargo público e, a todo tempo, se expõe a situações controversas, senão vexatórias, tal qual a perseguição armada a um homem em São Paulo”, afirmou.
carlos
20/07/2023 - 10h06
Essa senhora por uma Questão, de ética na real ela não sabe nem descrever o papel de um parlamentar, ela é ignorante leiga, e como toda maisena tem seu dia de mingau, resumindo ela é monstro criado pelo povo de são paulo .