Nesta terça-feira (18), o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, expressou preocupação em relação aos perigos apresentados pela Inteligência Artificial (IA) para a paz e segurança globais. Ele enfatizou a necessidade de medidas imediatas diante dessa tecnologia “sem precedentes” e instou a comunidade internacional a agir prontamente.
“É evidente que a IA terá um impacto em todos os aspectos da nossa vida”, principalmente a inteligência artificial generativa, responsável por criar imagens e textos, foi destacada por Guterres durante a primeira reunião em que o Conselho de Segurança discutiu o assunto.
“A IA generativa tem um enorme potencial para o bem e para o mal, em grande escala”, informou o secretário-geral.
Guterres enfatizou que, embora essas tecnologias tenham o potencial de “eliminar a pobreza, combater a fome, encontrar a cura para o câncer e potencializar medidas contra as mudanças climáticas”, é essencial estar atento aos riscos das aplicações militares e não militares da IA, pois podem acarretar graves consequências para a paz e segurança mundial.
Portanto, ele solicitou a implementação de um acordo obrigatório até o término de 2026, que proíba o uso de “sistemas autônomos de armas letais” capazes de operar sem a intervenção humana. Além disso, enfatizou a importância de manter as pessoas no controle das armas nucleares, garantindo que nunca sejam substituídas por meios automatizados.
O uso crescente da Inteligência Artificial em assuntos de segurança é notável, e até mesmo a ONU recorre a essa tecnologia para fins como identificação de padrões de violência, monitoramento de cessar-fogo e aprimoramento das atividades de manutenção da paz, mediação e ajuda humanitária, conforme ressaltado por Guterres. Contudo, é importante reconhecer que essas tecnologias possuem um duplo aspecto, pois também podem ser exploradas por indivíduos mal-intencionados.