Nesta terça-feira (18), Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, se encontrou com o líder do PP na Câmara dos Deputados, André Fufuca (PP-MA), e também está agendada uma reunião à tarde com o deputado federal Sylvio Costa Filho (Republicanos-PE).
Ambos são considerados os principais candidatos do Centrão para ocupar ministérios no governo do presidente Lula. Na segunda-feira (17), Padilha já havia se reunido com o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB).
Além disso, há previsão de uma reunião entre Padilha e Marcelo Freixo, presidente da Embratur. O partido União Brasil manifestou interesse em assumir o comando da estatal e dos Correios.
A ida de Fufuca e Costa Filho já é considerada certa por pessoas ligadas ao governo, mas ainda não está claro em quais pastas eles seriam nomeados. O PP demonstrou interesse na Saúde e no Desenvolvimento Social, porém Lula publicamente descartou a troca nesses dois ministérios.
O partido Republicamos tem interesse na pasta do Esporte ou de Ciência e Tecnologia. Também há o desejo de retornar ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, mas assessores de Geraldo Alckmin afirmaram que ele não tem interesse em deixar o cargo.
A definição das pastas que serão substituídas deve avançar apenas com o retorno de Lula da viagem a Bruxelas, onde está participando de uma cúpula entre a Celac e a União Europeia. Existe a expectativa de um encontro entre o presidente e Arthur Lira, que também retornará a Brasília nos próximos dias.
Segundo informações de Julia Duailibi, do G1, durante as conversas no Palácio do Planalto, representantes do Centrão afirmam que os partidos manterão sua independência mesmo que indiquem ministros. Caso ministros sejam nomeados dessas siglas, a justificativa é que são escolhas pessoais de Lula e não representam o partido como um todo.
Por outro lado, interlocutores do Planalto argumentam que, mais importante do que o status dessa relação, é que esses partidos garantam os votos no Congresso.