A partir desta semana, membros do Palácio do Planalto começaram a defender a realocação de Silvio de Almeida em uma organização internacional vinculada ao governo brasileiro, a fim de abrir uma vaga para acomodar um membro do PT, PCdoB ou PSB, que por sua vez terá que ceder espaço para o centrão.
Essa mudança no Ministério dos Direitos Humanos resolveria dois problemas políticos do governo Lula: abriria uma vaga no gabinete ministerial e poderia proporcionar a inclusão de uma mulher, já que o governo deseja manter o número atual de ministras.
Uma das possibilidades analisadas nesse jogo político é a transferência de Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação filiada ao PCdoB, para ocupar o cargo de Silvio Almeida. Também está sendo considerada a redistribuição de mulheres de destaque no primeiro escalão do governo.
Os negociadores do Palácio do Planalto envolvidos nas discussões com o centrão enfatizam que Almeida não pode ser descartado, pois ele é um símbolo do governo Lula. Sugerem, como alternativa, que ele seja indicado para um cargo em uma organização internacional prestigiosa.
A decisão final sobre a reforma ministerial será tomada após o retorno de Lula de Bruxelas. O governo tem como objetivo implementar as mudanças nas primeiras semanas de agosto.