A Federação Única dos Petroleiros (FUP) passou
a integrar o Grupo de Trabalho (GT) criado pela Petrobrás para discutir a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (FAFEN-PR) e a conclusão das obras da FAFEN Mato Grosso do Sul (FAFEN-MS).
O GT terá 90 dias para apresentar um cronograma visando o retorno mais breve
possível da fábrica do Paraná e o acompanhamento das obras de conclusão da unidade do Mato Grosso do Sul.
A FUP apresentou propostas para a reativação também das fábricas de fertilizantes nitrogenados da Bahia e de Sergipe, atualmente arrendadas para a Unigel, e para investimentos em novas unidades, buscando reduzir a
dependência de importações e ampliar a participação do Estado na produção nacional.
“A FAFEN-PR, ao ser reaberta, contribuirá imediatamente para o aumento da produção
nacional de fertilizantes e do reagente ARLA 32”, destaca o coordenador-geral da FUP,
Deyvid Bacelar, que participa do GT, ao lado de Alberico Santos Queiroz Filho, diretor
do Sindipetro Unificado e Ademir Jacinto da Silva, diretor do Sindiquímica PR.
Segundo os representantes da FUP, a unidade paranaense está em boas condições de
preservação, com capacidade de produzir 30 mil metros cúbicos de oxigênio por hora,
necessitando apenas de manutenções conforme as normas e inspeções gerais para
garantir a segurança dos trabalhadores e da comunidade.
Embora o processo de licitação seja demorado, os dirigentes sindicais acreditam que a
retomada da obra ocorrerá até o primeiro semestre de 2024. A FUP e seus sindicatos
acompanharão de perto todo o processo, garantindo o cumprimento das normas e
procedimentos de segurança nas instalações industriais.
No entanto, a situação das fábricas da Bahia e de Sergipe é menos promissora. A Unigel
tem enfrentado dificuldades na gestão dessas unidades, o que coloca o Brasil em uma
situação ainda mais dependente das importações de fertilizantes.
A FUP demanda a rescisão dos contratos de arrendamento vigentes e a retomada das unidades industriais pela Petrobrás, a fim de evitar uma maior dependência externa e garantir a segurança do abastecimento do mercado nacional de fertilizantes. O Brasil importa cerca de 85% das suas necessidades de fertilizantes.
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