Um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) apontou uma distorção de aproximadamente R$ 16 bilhões nas contas do Ministério da Saúde em 2022. As falhas afetam o controle de transferências, o patrimônio e o estoque de medicamentos da pasta.
A auditoria identificou as distorções financeiras no balanço do Ministério da Saúde, que comprometem sua situação patrimonial, resultado financeiro e fluxos de caixa nas demonstrações contábeis. Essas inconformidades totalizaram R$ 15,9 bilhões.
De acordo com a CGU, as principais áreas afetadas são as transferências fundo a fundo, o controle de estoques de medicamentos, o patrimônio imobilizado e a dívida ativa da Agência Nacional de Saúde (ANS). As falhas também envolvem o pagamento de despesas, lançamentos contábeis inadequados em contas de estoque e problemas no controle patrimonial.
Ao final do relatório, a CGU faz 21 recomendações ao Ministério da Saúde, à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e à ANS. Entre as recomendações, destaca-se a necessidade de ajustes nos lançamentos contábeis relacionados aos estoques e no controle de perdas.
A CGU ressaltou que as demonstrações contábeis do Ministério da Saúde não refletem completamente a real situação patrimonial, financeira e econômica da organização. Além disso, destacou que parte das transações realizadas está em desacordo com as normas aplicáveis.
Essa distorção nas contas do Ministério da Saúde é mais um desafio enfrentado pela pasta, que tem um papel crucial na gestão da saúde pública do país.