Biden convida Netanyahu para conversa nos EUA

Foto de Jon Tyson na Unsplash

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convidou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para um encontro através de um telefonema nesta segunda-feira (17).

“Haverá uma reunião aqui nos Estados Unidos em algum momento no outono”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, após a ligação.

No entanto, o governo Biden se recusou a dizer se o presidente receberia Netanyahu na Casa Branca ou em Nova York enquanto acontece a Assembleia Geral das Nações Unidas. Kirby disse que Biden continua preocupado com as tentativas de Netanyahu de reformular o sistema judicial israelense.

O gabinete de Netanyahu disse que “o primeiro-ministro aceitou o convite e foi acordado que as equipes israelense e estadunidense coordenarão os detalhes da reunião”.

Segurança regional

Segundo fontes do portal DW, os dois líderes também discutiram a segurança no Oriente Médio durante o telefonema.

Biden, de acordo com o portal, comentou sobre os esforços para combater o programa nuclear do Irã. A informação foi confirmada por fontes israelenses, que disseram que os líderes tiveram uma conversa “longa e calorosa”.

EUA enviam militares para a região do Golfo

Os EUA também anunciaram que estão enviando um porta-aviões e caças para a região do Golfo para impedir que o Irã apreenda navios.

A ação estadunidense é uma resposta à tentativa de apreensão de dois navios mercantes dos EUA, no Estreito de Ormuz e no golfo do Omã no início deste mês, por parte da Marinha iraniana.

“À luz dessa ameaça contínua e em coordenação com nossos parceiros e aliados, o Departamento (de Defesa) está aumentando nossa presença e capacidade de monitorar o Estreito e as águas circundantes”, disse um porta-voz do Pentágono.

Netanyahu

O primeiro-ministro israelense enfrenta forte oposição por parte da população de seu país. Netanyahu tenta mudar o funcionamento do sistema judiciário israelense e o movimento já foi tratado como “conflito de interesses”, uma vez que o político é investigado pelo judiciário de Israel.

Um dos pontos da reforma trata de um peso maior do executivo e legislativo na escolha de juízes da suprema corte. Israel, atualmente, possui um conselho para definir os ministros, composto por 9 pessoas, das quais 4 estão associadas ao Executivo e ao Legislativo. As mudanças propostas por Netanyahu pretendem ampliar esse número com mais representantes do governo, obtendo, dessa forma, maioria na escolha dos membros do poder judiciário.

Matéria com informações do portal DW

Patrick Chaia:
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.