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Visita do primeiro-ministro Iraquiano à Síria representa avanço nas relações entre os países

Neste domingo (16), o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, fez uma rara visita à Síria, país vizinho do Iraque, simbolizando o progresso da normalização árabe com o governo do sírio Bashar al-Assad. Essa foi a primeira visita de um premier iraquiano à Síria – que está devastada pela guerra que dura há mais de um […]

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O presidente da Síria, Bashar al-Assad, e o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia Al-Sudani, revisam uma guarda de honra em Damasco. Foto: Reuters/apostila

Neste domingo (16), o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, fez uma rara visita à Síria, país vizinho do Iraque, simbolizando o progresso da normalização árabe com o governo do sírio Bashar al-Assad. Essa foi a primeira visita de um premier iraquiano à Síria – que está devastada pela guerra que dura há mais de um década.

Segundo al-Assad, o encontro com Al-Sudani marcaria um “salto prático” nas relações entre os países. 

Em 2014, o grupo extremista Estado Islâmico ocupou áreas significativas do norte do Iraque. Após a invasão, jihadistas radicais – que entendem que a luta violenta é necessária para erradicar obstáculos para a restauração da lei de Deus na Terra e para defender a comunidade muçulmana –  decidiram estabelecer um califado, ou seja, assegurar que o Estado seja governado por uma autoridade religiosa, o califa.

O grupo radical acabou perdendo seu território posteriormente, mas continua ativo tanto na Síria, quanto no Iraque. 

Neste domingo (16), em uma entrevista coletiva, o primeiro-ministro iraquiano declarou que uma das principais preocupações entre Síria e Iraque é a questão da segurança. Para ele é necessário mais coordenação no nível das agências de segurança, principalmente nas regiões de fronteira. 

Al-Sadani ressaltou que o apoio de Bagdá ao governo sírio, visando estender sua autoridade sobre todo o país, é crucial, principalmente para garantir a segurança do Iraque.

O Iraque foi um agente motivador para o retorno da Síria ao domínio árabe.

Em 2011, a Síria foi expulsa da Liga Árabe por conta da repressão inflexível do governo de al-Assad a um levante pró-democracia que evoluiu para uma guerra civil. Em maio deste ano, o país foi readmitido na organização de 22 membros. 

Al-Assad elogiou no domingo o Iraque pelo que chamou de “forte rejeição a todas as formas de agressão” contra a Síria.

Ele continuou dizendo que um dos assuntos debatidos foi a cooperação contra o tráfico de drogas transfronteiriço, tendo em vista que a Síria é considerada um centro para contrabando de Captagon – comprimidos de tratamento para o transtorno de déficit de atenção e a narcolepsia, que se tornou altamente viciante. 

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Ana Clara Nascimento

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