Vladimir Putin, presidente da Rússia, afirmou em uma entrevista ao canal Rossia-1, neste domingo (16), que a contraofensiva ucraniana não teve sucesso diante da força de defesa aérea russa no leste e sul da Ucrânia.
“Todas as tentativas do inimigo de romper nossas defesas (…) não tiveram sucesso desde que a ofensiva começou. O inimigo não teve sucesso”, declarou Putin na entrevista.
A Ucrânia investiu em sua contraofensiva após receber armas do Ocidente, o que fortaleceu a capacidade de ataque do exército ucraniano, no mês passado.
Para Putin, a situação é positiva para as forças russas que estão resistindo em territórios ucranianos: “Nossas tropas estão atuando de forma heroica. E de maneira inesperada para o adversário, elas estão até mesmo partindo para a ofensiva em certos setores e capturando posições mais vantajosas”, declarou o chefe de Estado russo.
Em comparação ao avanço russo, as tropas ucranianas sucedem lentamente. A Rússia teve tempo para instituir defesas fortes, com campos minados, que possuem poder de fogo significativo para atingir o exército ucraniano. Na última sexta-feira (14), o chefe do gabinete da presidência ucraniana admitiu que a operação de Kiev não está avançando muito rápido.
Neste domingo (16), o Estado-Maior russo ucraniano comunicou que haverá operações de ataque no sentido de Melitopol e Berdiansk, cidades ocupadas pela Rússia na Ucrânia.
Em uma declaração, o ministério da Defesa russa afirmou que neutralizou 10 drones ucranianos e derrubou dois com sua defesa antiaérea. Além de ter desativado outros cinco por um sistema de interferência.
Ainda em entrevista ao canal russo, o chefe de estado da Rússia declarou que caso Kiev utilize o armamento de fragmentação, fornecido pelos EUA no início do mês, a Rússia irá recorrer a “boa reserva” de bombas desse tipo que existem no país.
“Até agora não as utilizamos [bombas de fragmentação], apesar de, em algum momento, ter faltado munição, mas se forem utilizadas contra nós, nos reservamos o direito de adotar represálias”.