Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e representante do estado do Paraná (PR), afirmou ao Painel que estaria disposta a concorrer a uma vaga no Senado caso ocorra a cassação efetiva de Sergio Moro, membro do partido União Brasil pelo Paraná (União Brasil-PR), e seja convocada uma eleição suplementar.
Porém, a deputada federal enfatizou a necessidade de cautela e argumentou que é prematuro iniciar esse debate, uma vez que Moro ainda não foi julgado.
“Obviamente, tem que ter eleição. Acho que as coisas se precipitaram, as pessoas acabaram falando sobre isso, mas temos que aguardar o processo ser julgado. Estou acompanhando muito de longe”, declarou.
“Tenho a disposição [em concorrer] e a gente vai conversar no partido sobre a melhor estratégia”, afirmou Gleisi. Sergio Moro, ex-juiz, está enfrentando acusações de envolvimento em caixa 2 e abuso de poder econômico.
Outros candidatos interessados na vaga deixada por Moro, como Ricardo Barros, secretário da Indústria do Paraná pelo Partido Progressista (PP), afirmam que a cassação do ex-ministro é praticamente certa. Eles argumentam que o caso de Moro é semelhante ao de Selma Arruda, também conhecida como Juíza Selma, cujo mandato foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2019.
Gleisi Hoffmann, por sua vez, declara que as discussões dentro do PT para a escolha do candidato adequado ocorrerão de maneira tranquila. Outros membros do partido, como Zeca Dirceu, deputado federal e líder do PT na Câmara, e Roberto Requião, ex-governador, também têm interesse em disputar a vaga.
Em uma postagem nas redes sociais, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, referiu-se a Gleisi como “futura senadora”.