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A necessidade e a urgência da prisão de Bolsonaro

Tenho grande simpatia pelas teses do abolicionismo penal. No entanto, neste momento histórico particularmente trágico por que passamos – pandemia, volta do fascismo, catástrofe climática – me parece que certos indivíduos realmente precisam ser afastados do convívio social, pelo perigo que representam à coletividade. É claro que fiz esse preâmbulo pensando nele, Jair Bolsonaro, o […]

8 comentários
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Tenho grande simpatia pelas teses do abolicionismo penal. No entanto, neste momento histórico particularmente trágico por que passamos – pandemia, volta do fascismo, catástrofe climática – me parece que certos indivíduos realmente precisam ser afastados do convívio social, pelo perigo que representam à coletividade.

É claro que fiz esse preâmbulo pensando nele, Jair Bolsonaro, o presidente delinquente.

A última dos seus apoiadores foi hostilizar o ministro do STF Alexandre de Moraes em um aeroporto de Roma, na Itália. O filho do ministro chegou a ser agredido.

A agressão física aos considerados inimigos é uma consequência que pode ser prevista com certa facilidade quando um líder político fascista ganha poder e notoriedade. É o caso de Bolsonaro, um propagador contumaz de discurso de ódio, um admirador declarado da ditadura militar, das milícias e da violência policial. Com esse perfil nauseante, Bolsonaro foi eleito e quase reeleito presidente.

Em sua absoluta falta de escrúpulos para mentir, pregar a violência e criar narrativas delirantes – como a de que Alexandre de Moraes, cria do ninho tucano, seria comunista e, portanto, digno de ser atacado de todas as formas possíveis – o bolsonarismo semeia o ódio para colher apoio político. Esse apoio se traduz nos mais variados tipos de violência, dentro de basicamente todos os âmbitos da vida social.

O fato de Bolsonaro ter sido presidente e de ainda ser tratado como apenas mais um ator do jogo político são fatores que legitimam a barbárie fascista. O discurso do bolsonarismo foi naturalizado – com, registre-se, a colaboração de amplos setores da sociedade, como mídia comercial, grande empresariado e o próprio Poder Judiciário.

Estamos presenciando, nos últimos anos, a comprovação do velho ditado sobre o fascismo: soltar o cachorro é fácil, difícil é colocar a coleira de volta.

Mas precisamos colocar. Para tanto, é necessária e urgente a prisão do líder máximo do fascismo tupiniquim: afastar Bolsonaro do convívio social é a única forma de demonstrar, sem margem para dúvidas, que o fascismo não é tolerável.

Motivos legais não faltam. O trabalho a favor do Coronavírus e o consequente genocídio de centenas de milhares de brasileiros é o crime mais grave, seguido pela óbvia tentativa de articular um golpe de Estado para se manter no poder. O apoio explícito aos garimpeiros e madeireiros em sua sanha por destruição das florestas e dos povos indígenas também é digno de entrar nessa lista de grandes delinquências.

Dos movimentos sociais, partidos e sociedade civil ouvimos recorrentes vozes pedindo que Bolsonaro seja preso. Falta a mídia comercial bater nessa tecla com mais insistência e o Poder Judiciário cumprir o seu papel.

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Pedro Breier

Pedro Breier nasceu no Rio Grande do Sul e hoje vive em São Paulo. É formado em direito e escreve sobre política n'O Cafezinho desde 2016.

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Comentários

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carlos

17/04/2024 - 09h37

Eu vou falar apenas a vdd, bolsonaro,deus capangas, incluindo a familicia, com bananinha, familicia lourena cid, etc… sao verdadeiros, lesa-Pátria.

carlos

26/03/2024 - 03h31

O ex-presidente está tramando, alguma coisa, ou fugir pra argentina , pedir abrigo a milei ou outra coisa pior, para sair do brasil, ja está na hora de faserem alguma coisa pra deter ele ppde rsta forjando, um pasdaporte falso para ir a israel.

carlos

19/01/2024 - 10h00

O genocida que decorou o versiculo de joao 8:32 que diz , conhecereis a verdade e a vdd vos libertará, mas nao sabe que existe a revelaçao das sarças ardentes, pra vcs saberem que nível é o genocida, que entregaram os destinos do país.

carlos

26/07/2023 - 13h30

Não confunda terrorismo com liberdade de expressão, seu marginal analfabeto, é melhor pra vocês irem fazer turismo no camboja, pra olhrem com um sorriso pra uma mulher do camboja pra ver se vcs saem vivos.

carlos

18/07/2023 - 12h29

Eu acho que ainda, falta um documento que foi apagado, das redes sociais do genocida, pra que ele seja julgado em um TPI, por que caso de genocídio só pode ser julgado em tribunal interno, Bangu 8 já está preparado,para o narcomiliciano, ala que já têm lá jairinho, o pastor Everaldo já saiu mas tem o deputado Daniel Silveira, Roberto jeferson, e toda patota dos milicianos, basta saber se na papuda ou em Bangu.

Paulo

16/07/2023 - 23h33

Concordo que Bolsonaro deveria estar preso. Mas Lula também…

Ronei

16/07/2023 - 22h39

Esses são os auto eleitos detentores da democracia.

Fanta

16/07/2023 - 20h36

A pinta fascistoide do nosso Pedrinho do Toddy é repugnante.


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