O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda possui 29 cargos de segundo e terceiro escalão vagos na Esplanada dos Ministérios. Essas posições incluem diretorias, departamentos e entidades vinculadas, como empresas públicas e autarquias. Esses cargos geralmente são ocupados por políticos ou indicados por partidos aliados ao governo.
Embora não haja secretarias sem comando nos ministérios, os números revelam uma quantidade significativa de vagas em aberto. Esses cargos podem ser alvo de negociações com partidos políticos, especialmente aqueles do Centrão, que estão considerando uma aliança com Lula.
Os ministérios que despertam maior interesse dos partidos do Centrão são o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que atualmente possui quatro departamentos aguardando preenchimento, e o Ministério da Saúde, onde a reativação da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) é aguardada com expectativa.
Apesar de especulações nos bastidores sobre possíveis substituições no Ministério do Desenvolvimento Social, o atual titular da pasta, Wellington Dias, possui proximidade com o presidente e Lula afirmou que o ministério é dele.
No Ministério da Saúde, a socióloga Nísia Trindade, ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tem enfrentado críticas, mas Lula afirmou que ela permanecerá no cargo. O objetivo é garantir uma gestão técnica e científica, em contraste com as políticas negacionistas e contrárias à vacinação adotadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por outro lado, ministérios localizados no Palácio do Planalto, como a Casa Civil, Secretaria-Geral e Gabinete de Segurança Institucional (GSI), estão totalmente preenchidos, assim como os ministérios da Cultura, Esporte, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.