Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para que a CPI dos Atos Golpistas apresente informações sobre a quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
“O pedido será analisado após as informações, em razão da excepcionalidade da apreciação de medidas de urgência”, disse o ministro.
Silvinei Vasques foi diretor-geral da PRF no governo de Jair Bolsonaro (PL). Esteve no comando da corporação nas eleições do ano passado, quando surgiram denúncias de uso político da força de segurança.
Nesta sexta-feira (14), a defesa de Vasques acionou o STF para suspender a medida.
Em junho, ao depor à comissão, ele negou irregularidades na sua atuação na PRF. Sua defesa aponta que a medida violou a Constituição.
“A despeito de não ter nada a esconder, entendeu de imediato que tal medida foi elaborada em total equívoco, em sessão confusa, sem debate sobre o tema, na qual os representantes da CPMI aprovaram o que foi verdadeira violência à Constituição da República Federativa do Brasil e à imagem e à privacidade do impetrante”, afirmaram.