A ministra Simone Tebet, do Ministério do Planejamento, afirmou nesta sexta-feira (14) que o programa Desenrola Brasil, que tem como objetivo reduzir o endividamento, não pode ser implementado anualmente. Ela fez essa observação em crítica à taxa de juros atual, que está em 13,75%.
“Não adianta fazermos o Desenrola e aliviarmos a vida das pessoas, e a maioria absoluta das famílias brasileiras está endividada, apresentar um programa eficiente, com os juros de 13,75%”, disse a ministra.
O programa de renegociação de dívidas terá início na segunda-feira (17), beneficiando 1,5 milhão de brasileiros com dívidas de até R$ 100, que serão removidos da lista de inadimplentes.
Tebet destacou o programa como uma fase preliminar antes de o governo considerar a possibilidade de implementar algum tipo de incentivo para a linha branca, que engloba eletrodomésticos como refrigeradores, condicionadores de ar e máquinas de lavar roupa.
Leia também: Haddad fala sobre programa para baratear eletrodomésticos
Recentemente, o presidente Lula expressou a sua defesa de que o seu governo encontre meios de tornar mais acessível a compra desses produtos. Simone Tebet declarou que ainda não recebeu um convite formal para discutir o programa. Caso seja convocada, ela analisará o impacto que essa política teria sobre a população e verificará se há espaço no orçamento para a inclusão de algum tipo de incentivo.
De acordo com a avaliação da ministra, caso Lula decida avançar com a ideia de incentivo para a linha branca, essa iniciativa dependeria, além do programa Desenrola, da redução das taxas de juros. Ela aponta que os altos juros são um dos principais fatores que contribuem para o elevado endividamento.
“Lançar um programa com o endividamento (elevado no país) significa que pode ficar capenga, porque as pessoas que mais precisam não vão poder trocar a geladeira, o fogão.”
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!