Lula (PT) interveio para conter a ambição do centrão em relação aos ministérios do Desenvolvimento Social e da Saúde, porém adotou abordagens diferentes em relação aos líderes dessas duas pastas.
Nesta sexta-feira (14), o petista foi enfático ao descartar qualquer possibilidade de substituição da ministra da Saúde, Nísia Trindade, reafirmando essa posição de forma clara. “Tem ministros que não são trocáveis, que são da escolha pessoal do presidente. A Nísia não é ministra do Brasil, é minha ministra”, afirmou Lula durante evento de sanção do programa “Mais Médicos”.
O presidente adotou uma abordagem distinta ao abordar a renúncia do seu governo ao comando do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família. Durante uma entrevista à TV Record, o presidente não mencionou nominalmente o ministro Wellington Dias, como havia feito ao falar sobre Nísia Trindade.
“Esse ministério é um ministério meu. Esse ministério não sai. A Saúde não sai. Não é o partido que quer vir para o governo que pede ministério. É o governo que oferece o ministério. É só fazer uma inversão de valores. No momento certo nós vamos conversar, da forma mais tranquila possível. Não quero conversa escondida, não quero conversa secreta”, declarou.
Membros do governo afirmam que o Ministério do Bolsa Família permanecerá com o PT, no entanto, eles apontam que há a possibilidade de Lula substituir o atual chefe por outro membro do partido.