A presença de Mauro Cid, militar fardado, na CPI do 8 de janeiro trouxe desgaste ao Exército e gerou preocupação entre as Forças Armadas em relação aos próximos depoimentos na comissão.
Os altos escalões das três forças vinham se articulando com membros da CPI na tentativa de evitar a convocação de militares para depor. A preocupação é de que o desgaste enfrentado por Cid possa se repetir se outros nomes forem chamados a prestar depoimento.
Foi decidido pelo alto comando que todos os militares que atuavam na proteção do Palácio do Planalto também devem comparecer fardados caso sejam convocados. Isso inclui o ex-chefe do Comando Militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra, cuja convocação foi aprovada, embora a data do depoimento ainda não tenha sido marcada.
Diante dessa situação, membros das Forças Armadas e do Ministério da Defesa têm trabalhado para evitar a efetivação das convocações aprovadas e para adiar a definição das datas dos depoimentos.
Estão ocorrendo também conversas com os parlamentares com o objetivo de solicitar que adotem uma postura não confrontacional em relação aos militares que estiverem prestando depoimento na CPI.
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