Após um encontro com o presidente Lula (PT) nesta terça-feira (11), a ministra dos Esportes, Ana Moser, declarou que a pauta política não foi discutida durante a conversa entre eles. A reunião teve início às 18h e durou aproximadamente 30 minutos, no Palácio do Planalto, e contou com a presença dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta.
Existe uma expectativa de que a atleta deixe o cargo, uma vez que o Ministério dos Esportes está na lista de ministérios que seriam trocados para apaziguar as tensões com o Centrão. No entanto, de acordo com a ministra, a conversa teve como objetivo discutir a possibilidade de o Brasil candidatar-se a ser o país-sede da Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027.
“A questão política ela é dada, mas não entrou na nossa pauta porque não tem nenhuma indicação nesse sentido. Ele [Lula] está me passando bastante trabalho e vai demorar um tempo para concluir esse trabalho”, declarou Moser, em coletiva.
Conforme relatado pela coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, Ana Moser tem sido alvo do Centrão devido às restrições que impôs para receber parlamentares e aos vetos que fez na Lei Geral do Esporte.
“Eu não vejo tanta diferença esse tipo de pressão, faz parte. O que nos cabe é continuar trabalhando. As decisões têm espaço para acontecer. […] São reflexões que não me cabem fazer, porque está acima da minha posição. Eu só posso seguir as missões dadas e os objetivos que se tem. Tá muito mais na imprensa essas conversas”, afirmou.
Anteriormente, Moser já havia afirmado que as pressões enfrentadas pelas mulheres que ocupam cargos-alvo do Centrão são consideradas um “assédio”. “É uma relação de assédio que não fui a primeira [vítima]. A maior parte das assediadas são as ministras mulheres: Marina, Daniela, Nísia, e nós estamos trabalhando. Quem manda é o presidente Lula, ele toma as medidas que achar melhor tomar, mas a gente sabe que está trabalhando, tem tranquilidade nisso e com apoio do presidente”, disse.