O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça (11), a taxa de inflação para o mês de junho no Brasil: o cenário de deflação no mês. O índice registrou a marca de -0,08%, o que representa uma queda de 0,31 ponto percentual em relação ao mês anterior. No acumulado desde o início do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a marca de 2,87%.
No mês de junho, quatro dos nove grupos que compõem o cálculo da inflação registraram queda nos valores dos preços, o que favoreceu a deflação observada. Alimentação e bebidas (-0,66%), artigos de residência (-0,42%), transportes (-0,41%) e comunicação (-0,14%) foram os setores que tiveram o índice abaixo de zero.
No setor de alimentação e bebidas, a queda foi puxada por itens como o óleo de soja (-8,96%), frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,10%). Já a alimentação fora de casa teve uma alta de 0,46%, mas desacelerou em comparação ao mês anterior, quando subiu 0,58%.
No setor dos transportes, a redução no valor de todos os combustíveis ajudou no índice deflacionário. A gasolina teve queda de 1,14%, o óleo diesel caiu 6,68%, o etanol registrou baixa de 5,11% e o gás veicular de 2,77%. Já as passagens aéreas foram as vilãs que não permitiram uma queda ainda maior do índice, já que tiveram um aumento de 10,96%. Ainda no grupo de transportes, houve recuo nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos automóveis usados (-0,93%), um efeito do programa de descontos para carros populares do governo federal.
Na outra ponta, os grupos de Habitação (0,69%), Despesas Pessoais (0,36%) e Vestuário (0,35%) tiveram o maior aumento inflacionário no mês de junho. O setor de habitação teve forte alta principalmente por conta dos reajustes, em algumas capitais, nas taxas de água e esgoto (1,69%) e energia elétrica residencial (1,43%).